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China acusa líder exilado do Tibete de ser separatista

O Ministério das Relações Exteriores da China acusou o primeiro-ministro do governo exilado do Tibete, esta sexta-feira (6), de ser um separatista que nunca fez uma coisa boa na sua vida, um sinal de que Pequim não deve retomar as conversas tão cedo com os líderes tibetanos.

Lobsang Sangay disse à Reuters, esta quinta-feira, ter esperanças de que o presidente chinês, Xi Jinping, retomaria as conversas formais e aliviaria o tratamento da China em relação ao Tibete.

Mas os comentários mais duros do que o normal do porta-voz da diplomacia chinesa, Hong Lei, sugeriram que as chances de isso acontecer são remotas. “A pessoa referida é 100 por cento separatista.

Ele é um líder do chamado governo exilado tibetano. Ele nunca fez uma coisa boa sobre a questão do Tibete”, disse Hong em uma coletiva. O governo exilado tibetano, liderado por Sangay, é ilegal sob a lei chinesa por buscar separar o Tibete da China, buscando sua independência, e não é reconhecido por nenhum país, acrescentou Hong.

“As pessoas só podem dar risada da difamação dele sobre a situação do Tibete”. Sangay fez seus comentários antes do lançamento de uma campanha publicitária global para persuadir governos em todo o mundo a pressionarem a China para retomar o diálogo e mudar a sua política em relação ao Tibete.

A China tem comandando o Tibete desde 1950, quando as tropas comunistas entraram na região e anunciaram a sua “libertação pacífica”. Milhares de pessoas, incluindo o líder espiritual Dalai Lama, fugiram para o exílio na Índia depois de um fracassado levante contra o governo chinês poucos anos depois.

Os tibetanos dizem não estar buscar independência, apenas uma autonomia maior sob a constituição chinesa. A China diz não acreditar neles. “A independência tibetana não é aceitável, nem a sua meia-independência, nem a sua independência secreta”, disse Hong.

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