Produtores da província central de Manica já podem voltar a exportar banana para o vizinho Zimbabué, quatro anos após o negócio ter sido interrompido devido à eclosão da praga da mosca da fruta, que, entretanto, já foi ultrapassada.
As exportações tinham sido interrompidas desde 2010 pelo Governo moçambicano, altura em que se notificou a praga da mosca da fruta na região Centro e Norte do país, com destaque para banana e manga.
A mitigação da praga foi gra- ças a um trabalho laboratorial desenvolvido por veterinários e investigadores do Instituto de Investigação Agrária (IIAM) em colaboração com o departamento veterinário da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).
“Os resultados da análise são encorajadores e satisfatórios, pelo que a banana já não constitui perigo para a saúde pública”, concluiu a pesquisa daquelas duas instituições, realçando que as primeiras restrições daquela praga foram notificadas na província do Niassa.
Refira-se que os resultados preliminares das análises laboratoriais da praga foram desenvolvidos pelo laboratório de fruta de Chimoio, em Manica, financiado pelo Banco Mundial (BIRD) no valor de seis milhões de meticais.
O empreendimento tem uma capacidade de produzir pelo menos mil parasitóides por semana, visando mitigar os efeitos devastadores da mosca da fruta, segundo o Ministério da Agricultura.
Entretanto, em relação às análises sobre a manga, os investigadores do IIAM e da UEM indicam que os ensaios ainda não foram concluídos, mas decorrem acções paralelas com vista a identificar mecanismos de isentar a manga da praga.