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Favorito para vencer eleições rejeita governo de coligação no Afeganistão

O candidato favorito para suceder Hamid Karzai como presidente do Afeganistão expressou a possibilidade de juntar-se a um rival, esta quarta-feira (9), mas descartou a formação de um governo de coligação a fim de evitar uma segunda volta.

Os afegãos foram às urnas para eleições presidenciais na semana passada que, se for bem sucedida, será a primeira transferência democrática de poder na história do país, uma vez que Karzai prepara-se para deixar o cargo depois de mais de 12 anos no poder.

As contagens preliminares colocam o ex-ministro das Relações Exteriores Abdullah Abdullah na liderança em partes da capital, Cabul. Mas pode levar semanas até que um vencedor seja declarado nacionalmente, num universo de oito candidatos, porque o terreno acidentado do Afeganistão e a frágil infraestrutura tornam a apuração mais difícil.

Falando à Reuters na sua casa, esta quarta-feira, Abdullah disse que encontrou-se com o seu rival, o também ex-chanceler Zalmai Rassoul, pouco depois das eleições de 5 de Abril para discutir possibilidades de aliança.

“Eu tinha pedido essa reunião. Tivemos uma boa discussão. Eu não vou entrar em detalhes sobre isso, mas podes imaginar que, nesta fase, não estamos a falar sobre o clima ou lazer”, disse ele.

“Estivemos no mesmo governo nos velhos tempos, somos amigos por muitos anos. Então, essa é a parte pessoal disso. O resto depende do entendimento comum de certos temas e certas políticas.”

Abdullah está visivelmente mais crítico do que outro candidato que também está à frente na corrida presidencial, o ex-ministro das Finanças Ashraf Ghani. Questionado se ele poderia trabalhar com Ghani, disse com um tom de sarcasmo: “O senhor Ghani declarou-se vencedor. Deixe-o absorver a vitória”.

Se nenhum dos candidatos obtiver mais de 50 por cento, uma segunda volta terá de ser realizada, na melhor das hipóteses, no fim de maio, prolongando consideravelmente o tempo de espera para a definição do próximo presidente do país.

As potências ocidentais, que devem retirar a maioria de suas forças do Afeganistão até o fim deste ano, assistem ao processo eleitoral afegão atentamente depois que uma eleição presidencial bagunçada em 2009 resultou em denúncias de fraude em massa.

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