O diálogo político entre o Governo e a Renamo voltou a conhecer um impasse esta sexta-feira (04) pois a Perdiz não aceita falar da sua desmilitarização alegadamente porque o assunto será tratado quando estiver a ser discutido o segundo ponto da agenda, relativo à Defesa e Segurança.
Segundo Saimone Macuiana, chefe da delegação da Renamo, o que está a ser tratado agora é a cessação dos confrontos entre os guerrilheiros deste partido e as forças governamentais, sendo que a desmilitarização será tratada na discussão das questões de Defesa e Segurança.
“Não estamos a tratar do desarmamento da Renamo agora, mas sim o cessar-fogo. Isso será discutido no segundo ponto (Defesa e Segurança), e vamos exigir a integração dos guardas da Renamo na Polícia e nas Forças Armadas”, explicou.
Por seu turno, José Pacheco, chefe da delegação do Governo, lamentou o posicionamento da Renamo, que prefere separar o cessar-fogo do desarmamento e integração dos seus homens armados. “Tratamos de tudo, termos de participação dos observadores do cessa-fogo, o seu mandato e outros dados, mas os detalhes só serão conhecidos no fim.
O desarmamento da Renamo é uma questão urgente, assim como a cessação dos ataques e a reintegração social dos seus homens para que possam contribuir para o desenvolvimento do país”, disse.