Um proeminente queniano islamita, acusado pelos Estados Unidos e pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) de apoiar o grupo militante somali Al Shabaab, foi morto a tiros, esta terça-feira (1), disse a polícia.
Abubakar Shariff, também conhecido como Makaburi, foi morto ao deixar o prédio de um tribunal cerca de 15 quilómetros ao norte da cidade portuária de Mombasa, informou aos jornalistas o chefe de polícia da área de Kisauni, Richard Ngtia.
Makaburi foi assistir a uma audiência judicial. Outro homem e ele estavam diante do tribunal esperando alguém que iria buscá-los, quando um veículo se aproximou e os dois homens foram alvo de uma saraivada de balas, disse ele. Ambos morreram.
“O nosso irmão Abubakar Shariff Makaburi deixou-nos. Ele está morto”, disse por alto-falante um pregador numa mesquita em Kisauni, área predominantemente muçulmana perto de Mombasa. “Que a sua alma descanse em paz. Ele teve uma morte corajosa.”
Uma testemunha ouvida pela Reuters viu o cadáver de Makaburi com ferimentos de bala no corpo e na cabeça, antes que a polícia o levasse. Dezenas de partidários dele se aglomeraram nas proximidades exigindo que a polícia entregasse o cadáver.
Os policiais dispararam para o ar para dispersar a multidão. A morte de Makaburi poderá causar novos tumultos na região costeira em que vive a maioria dos muçulmanos do Quênia.
Jovens muçulmanos entraram em confronto com a polícia por três dias em fevereiro, depois que um homem foi morto durante uma batida policial em uma mesquita usada por pregadores radicais.