O ministro do Interior da Venezuela, Miguel Rodríguez Torres, confirmou a morte de dois opositores ao governo de Nicolás Maduro em barricadas retiradas neste domingo nas cidades de San Cristóbal e Maracaibo, o que eleva para 39 o número total de vítimas nos protestos anti-governamentais.
A primeira vítima, de 44 anos, um gerente de uma empresa em San Cristóbal, morreu eletrocutado quando, junto com outras duas pessoas que ficaram feridas, tentava instalar um cartaz em uma barricada que estava conectada com um cabo de energia.
A outra vítima é um ativista de 33 anos, Roberto Luis Annese, que morreu após uma bomba caseira que pretendia lançar contra a polícia explodir em si mesmo.
O fato ocorreu em uma barricada em Maracaibo e segundo Rodriguez Torres seu corpo foi “manipulado” por outros manifestantes para culpar a polícia pela morte. Com ambas as mortes, o número de vítimas fatais registradas nos protestos contra o governo, que começaram em 12 de fevereiro, subiu para 39.
A procuradora-geral da Venezuela, Luisa Ortega, disse na sexta-feira que 559 pessoas ficaram feridas desde então, 379 civis e 180 policiais), enquanto 168 foram detidas, 17 deles funcionários dos diferentes corpos de segurança do Estado e três beneficiados com medidas cautelares substitutivas à pressão preventiva.
Rodríguez Torres acrescentou que em Maracaibo foram detidos seis dos acusados de atribuir a morte de Roberto Luis Annese, de 33 anos, a um ataque policial.
O ministro leu o relatório do legista que determina que Annese foi ferido por um pedaço de metal de 300 gramas que penetrou em sue peito devido à explosão de “uma arma de fabricação caseira”.
Sobre a morte do empresário em San Cristóbal, identificado como Franklin Romero, o ministro disse que ele foi para a barricada junto ao dirigente regional do partido opositor Vontade Popular (VP), Omar Bustos.