A Guiné informou, esta quarta-feira (26), que impediu que um surto da letal febre Ebola se espalhasse além do remoto sudeste do país, apesar de o número de mortes por infecções suspeitas ter subido para pelo menos 63.
As agências da ONU e instituições médicas beneficentes, como a Médicos Sem Fronteiras (MSF), agiram rapidamente para ajudar a Guiné – um dos países mais pobres do mundo – a lidar com o vírus, no meio de temores de que possa disseminar-se pelas fronteiras em nações vizinhas no oeste da África.
A Libéria, que faz fronteira com o sudeste da Guiné, relatou a ocorrência de cinco mortes esta semana por infecções suspeitas, em pessoas que vieram do outro lado da fronteira em busca de tratamento.
A Serra Leoa também registou duas mortes, na cidade fronteiriça de Boidu, que o país suspeita que tenham sido causadas pelo Ebola, uma das doenças infecciosas mais letais conhecidas pelo homem. Os laboratórios só confirmaram até agora 13 casos da doença em 45 testados.
Mais amostras, algumas delas de Serra Leoa e da Libéria, foram enviadas para exame. “A epidemia não está a espalhar-se para outras regiões”, disse o ministro da Saúde guineano, Remy Lamah, à Reuters, por telefone, falando da área afetada na remota região florestal da Guiné.
“Equipamentos médicos foram enviados”, disse ele. “A MSF está a ajudar-nos a controlar o surto.” Um porta-voz da MSF disse que desde terça-feira houve apenas mais dois casos de infecções suspeitas, elevando o total para 88, de acordo com as cifras do governo. Mais quatro pessoas morreram, no entanto, o que resulta num total de 63 mortes.