Os astrónomos descobriram um planeta-anão muito além da órbita de Plutão, provisoriamente chamado de “2012 VP 113” pelo Centro de Planetas Menores, entidade internacional.
O corpo celeste teria cerca de 450 quilómetros de diâmetro, segundo estimativas, ou seja, menos da metade do tamanho de um planeta-anão vizinho chamado Sedna, descoberto há uma década. O Sedna e o VP 113 são os primeiros objectos encontrados numa região do sistema solar que se acreditava anteriormente ser desprovida de corpos planetários.
A proverbial terra de ninguém estende-se a partir da borda externa do Cinturão de Kuiper, que abriga o planeta-anão Plutão e mais de 1.000 outros pequenos corpos gelados, até a Nuvem Oort, repleta de cometas, que orbita o sol cerca de 10.000 vezes mais longe do que Terra.
“Quando o Sedna foi descoberto há 10 anos de certo modo redefiniu o que nós pensávamos sobre o sistema solar”, disse o astrónomo Scott Sheppard, da Instituição Carnegie, de Washington, numa entrevista.
Nada na aparência do sistema solar dos dias de hoje pode explicar a existência do Sedna e do VP 113, dizem os astrónomos, que publicaram as suas descobertas nesta quarta-feira na revista Nature.