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Mais de uma centena de famílias está a passar fome na Zambézia

Das quatro centenas de famílias que vivem no centro de reassentamento sito na localidade de Musaia, no posto administrativo de Nante, no distrito da Maganja da Costa, 140 estão a passar fome em consequência das inundações que destruíram as suas culturas e reservas alimentares na zona de Murla, porém, o governo da Zambézia não dispõe de meios para socorrê-las.

O centro de reassentamento de Musaia foi aberto em 2008 e há famílias que se encontram lá desde essa altura por falta de abrigo. Relativamente as 140 famílias, estas perderam igualmente as suas habitações devido à chuva e, apesar do perigo que prevalece nas zonas de origem, elas estão a regressar com o intuito de encontrar meios de sobrevivência.

O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) deixou de fornecer comida àquela população que já recorre às folhas da mandioca e do próprio tubérculo para escapar da fome.

Com a maior parte das machambas alagadas, não se prevê mudanças deste cenário a curto prazo uma vez que o INGC já disse que não dispõe de meios para apoiar as mais de 44 mil pessoas necessitadas na Zambézia.

Betinho Sair, secretário de Murla, disse que, recentemente, o governo do distrito da Zambézia prometeu construir casas resistentes a calamidades naturais para as pessoas afectadas pela inundações mas nada de concreto foi feito nesse sentido.

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