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Diálogo intercultural em Inhambane

Mais do que uma festa, o VIII Festival Nacional da Cultura, a realizar-se entre os dias 15 e 21 de Agosto do corrente ano, em Inhambane, pretende ser um diálogo intercultural e uma plataforma de debates e cultura moçambicanas. Como o foi nas edições anteriores. E o ministro da Cultura, Armando Artur, na abertura oficial do evento realizada no passado dia 15, referiu-se a esse ponto. Disse isso num ambiente de entusiasmo, também de ansiedade de ver ao vivo um manancial de actividades a serem apresentadas por grupos vindos de todo o país, de entre as quais avulta a Timbila, proclamada pelas Nações Unidas como Património Oral e Imaterial da Humanidade, e que tem admiradores pelo mundo fora. E o Nyau!

O Festival da Cultura constituirá ainda uma oportunidade para que Inhambane se torne no centro das atenções durante todo o ano. Isto significa que durante este período, diversas iniciativas  no domínio das artes e cultura deverão convergir neste ponto do país. Significa também que todos os esforços deverão ser feitos no sentido de promover  actividades culturais de carácter local, provincial, regional, e nacional, e que tenham a cidade de Inhambane como palco privilegiado.

Até porque a cidade de Inhambane tem o condão de ser um lugar turístico. Cobiçado por todos. Ou por quase todos. Tem potencialidades turísticas que vão funcionar como um grande atractivo. Ou numa das maiores seduções, a par do verdadeiro mote para este encontro espiritual, que são as actividades culturais. E o lema é por demais elucidativo: Unidade na Diversidade Cultural: inspiração para a Construção da Moçambicanidade e do Desenvolvimento.

Toda a azáfama que se verificou  no pavilhão da Escola Secundária de Muelé, na cidade de Inhambane, e replicado em todas as capitais provinciais, só pode ser  efectivado se estivermos em paz. É por isso que no discurso de Armando Artur pode-se se registar que “com o festival que hoje tem início em todo o país, pretendemos, uma vez mais, exaltar a diversidade sócio-cultural dos moçambicanos, como factor da unidade nacional, da manutenção da paz, da construção da nossa moçambicanidade e do desenvolvimento nacional”.

É também propósito deste importante evento, responder aos desafios colocados pelo Programa Quinquenal do Governo e pelo Plano Estratégico do Sector da Cultura, “instrumentos esses que preconizam não só a preservação e divulgação do património cultural moçambicano, como também a criação da riqueza nacional através da  Cultura”.

O rastilho está aceso, e o que vem pela frente visa a própria dinamite. Que não pode ficar incólume. É uma oportunidade que Inhambane tem para mostrar as suas capacidades, mais uma vez, como o fez em ocasiões anteriores. É um privilégio que deve ser valorizado, afinando, a partir de agora, todos os detalhes que despertaram na consciência de cada um, que vai estar, directa ou indirectamente, envolvido nesta celebração.

De acordo com o que está previsto, o VIII Festival Nacional da Cultura terá quatro etapas a saber: a fase dos Postos Administrativos, a fase distrital, a fase provincial e, por fim, a fase nacional que terá como palco a província de Inhambane.

A introdução desta nova fase, a dos postos administrativos, visa alargar o âmbito dos festivais nacionais, conferindo-os um caráter mais inclusivo. Com o intuito de reafirmar a identidade nacional, alicerçada nas nossas raízes culturais, o VIII Festival Nacional da Cultura deverá dar maior enfoque, entre outras disciplinas, a música tradicional de palco,  como de não só espelhar a beleza e riqueza desta expressão cultural, como também trazê-lo ao convívio dos jovens, principalmente dos nossos músicos e fazedores da música ligeira moçambicana, para que nela se possam inspirar.

APOIAR A CRIANÇA

A Cruz Vermelha em Inhambane, representada pela respectiva secretária provincial, aproveitou a ocasião para repetir o apelo a todos no sentido de apoiar as crianças vulneráveis. Estando prevista a realização da VI Gala Beneficente organizada pela TVM em parceria com o Gabinete da esposa do Presidente Guebuza e da própria Cruz Vermelha, promoveu uma colecta em dinheiro e materiais diversos para apoiar as crianças do distrito de Massinga.

As autoridades de Saúde tiveram igualmente a sua intervenção, distribuindo panfletos educativos sobre os cuidados que se devem ter na prevenção da bilharzioze que a afecta crianças dos dois aos catorze anos.

MÚSICA E DANÇA

Para a abertura do VIII Festival Nacional da Cultura, foram apresentadas várias actividades culturais, com destaque para actuação de grupos de timbila e zorre, duas das danças mais expressivas da província de Inhambane. Ainda no palco da Escola Secundária de Muelé, desfilaram artistas de música ligeira,  com destaque para Dalas e a dupla Juliana e Leo. O músico Gestácio Fernandes aproveitou a ocasião para fazer o lançamento do seu álbum “Romântico, o Pensador”, patrocinado pelo FUNDAC

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