Homens armados mataram neste sábado seis militares perto do Cairo, no segundo ataque contra as forças de seguranças egípcias em três dias.
De acordo com o Exército, os autores são a Irmandade Muçulmana e o presidente deposto, Mohamed Mursi. O Egito tem sido alvo de insurgência islâmica desde a queda de Mursi, em julho, e cerca de 300 membros das forças de segurança já morreram.
O ataque deste sábado ocorreu em um posto de controle e foi realizado por homens armados não identificados que depois fugiram, de acordo com a imprensa estatal.
O Exército divulgou um comunicado logo depois, culpando a Irmandade, mas o líder do movimento, Amr Darrag, negou a acusação: “Condeno o assassinato de soldados egípcios. Como podem acusar a Irmandade Muçulmana pouco depois do ataque e sem evidências ou investigação?”, afirmou, no Twitter.
Especialistas estimam que o número de ataques contra forças de segurança deve aumentar nos próximos meses, quando devem ocorrer eleições presidenciais, nas quais o líder militar Abdel Fattah al-Sisi é o favorito.
O grupo militante Ansar Bayt al-Maqdis, com base na península do Sinai, reivindicou responsabilidade por uma série de ataques contra forças de segurança, incluindo a tentativa de assassinato do ministro do Interior, no ano passado.