O Parlamento aprovou esta sexta-feira (14) por unanimidade os quatro nomes propostos pela Renamo para integrar a Comissão Nacional de Eleições, os quais se vão juntar aos da Frelimo e do Movimento Democrático de Moçambique, que eram os únicos que estavam representados naquele órgão uma vez que a Perdiz tinha boicotado o processo porque não se revia na anterior legislação anterior, que foi revista mercê do consenso alcançado com o Governo alcançado à luz do diálogo político.
Trata-se de Meque Brás, Latino Caetano Barros Ligonha, Fernando Mazanga e Celestino Tavares da Costa Xavier, que, após o aval do Parlamento, já podem tomar posse como membros da Comissão Nacional de Eleições perante o Presidente da República, Armando Guebuza.
Fernando Mazanga desempenhava as funções de porta-voz da Renamo e foi substituído por António Muchanga, porta-voz do Gabinete de Afonso Dhlakama e membro do Conselho do Estado em representação deste partido. Já Meque Brás fazia parte da delegação da Perdiz às negociações com o Governo.
A Renamo só aceitou integrar a Comissão Nacional de Eleições depois da revisão da legislação eleitoral porque não concordava com o antigo método de composição daquele órgão, que era o da representatividade parlamentar, o que permitia que a Frelimo tivesse maior número (5) de membros em detrimento da Renamo (2) e do Movimento Democrático de Moçambique (1).
Mas depois do consenso alcançado com o Governo e da aprovação pelo Parlamento, a CNE passa a ser constituída, a nível central, por dezassete membros, sendo cinco da Frelimo, quatro da Renamo, um do Movimento Democrático de Moçambique e sete da sociedade civil.