O Barcelona negou ter cometido qualquer irregularidade, depois de os órgãos de informação espanhola terem publicado que a procuradoria pediu ao juiz que investiga a contratação do atacante brasileiro Neymar que indicie o clube por suposto crime fiscal.
O promotor escreveu ao juiz encarregado do caso, indicando haver indícios de “contratos simulados” e operações de “engenharia financeira” para fraudar o Fisco em 9,1 milhões de euros (12,5 milhões de dólares), segundo órgãos de imprensa que não identificaram a fonte da notícia.
Uma porta-voz da procuradoria disse que não podia fazer comentários sobre a veracidade das notícias. “A actuação do clube esteve, em todo o momento, no que se refere a esta operação (de contratação de Neymar), e de acordo com a informação de que dispõe-se, plenamente em conformidade com o ordenamento jurídico”, disse o clube catalão num comunicado publicado nesta quarta-feira.
“Mesmo assim, expressa a sua total disposição para colaborar com a Administração da Justiça nesse procedimento, como vem fazendo desde o primeiro momento, ou em qualquer outro em que seja requerida a sua intervenção”, acrescentou o clube.
A contratação do jogador brasileiro, que estava no Santos, está a ser investigada depois de uma queixa de um sócio do clube contra o presidente Sandro Rosell por um suposto delito de apropriação indevida. Rosell, que nega qualquer irregularidade, deixou o cargo no mês passado, alegando que queria proteger a imagem do clube, e afirmou que ele e a sua família tinham sido ameaçados.
O novo presidente, Josep Bartomeu, disse que Neymar custou 86,2 milhões de euros, incluindo os pagamentos ao jogador e sua família, e não os 57,1 milhões de euros de que se falou originalmente. O Barça negava de revelar os detalhes do contrato, citando um acordo de confidencialidade com a família do atacante, mas Bartomeu anunciou que o pai de Neymar deu-lhes permissão para divulgar os dados.