As exportações moçambicanas baixaram em cerca de 28%, no primeiro trimestre de 2013, situação largamente influenciada pelas restrições comerciais impostas ao Irão que é o principal mercado da banana moçambicana e ao facto dos preços da madeira, castanha de caju e camarão terem baixado no mercado externo.
Em média anual, Moçambique exporta o correspondente a cerca de 100 mil toneladas de banana também para diversos países da África Austral e da União Europeia.
A redução das exportações de produtos tradicionais moçambicanos também foi reflexo da fraca demanda do camarão registada no mercado europeu, segundo a delegação de Moçambique do Fundo Monetário Internacional (FMI), realçando que, em 2012, o défice da conta corrente chegou a 45% do Produto Interno Bruto (PIB), acima dos 24% de 2011 devido a grandes importações de bens e serviços feitas para os projectos de mineração e gás natural.
O incremento do défice da conta corrente para 45% do PIB foi causado por fortes fluxos do Investimento Directo Estrangeiro (IDE), que chegou a atingir o volume expressivo de 3,1 biliões de dólares e por endividamento público e privado, justifica o FMI, acrescentando que as importações de mercadorias foram em 5% maiores que no ano anterior e as importações de serviços aumentaram significativamente em favor dos megaprojectos activos em Moçambique.
