A Marinha italiana resgatou mais de 1.000 migrantes em 24 horas de barcos que tentavam chegar à Europa, disseram as autoridades, esta sexta-feira (3). Helicópteros visualizaram quatro embarcações superlotadas que tentavam manter-se a flutuar no sul da Sicília na quinta-feira, e barcos foram enviados para fazer o resgate, disse a Marinha em comunicado.
Os 823 homens, mulheres e crianças que estavam a bordo das quatro embarcações são provenientes do Egito, Paquistão, Iraque e Tunísia. A Marinha resgatou ainda 233 migrantes da Eritreia, Nigéria, Somália, Zâmbia, Mali e Paquistão numa outra operação e levou-os para um porto próximo a Siracusa, na costa leste da Sicília.
Depois de um naufrágio em Outubro que resultou na morte de 366 imigrantes da Eritreia perto da ilha de Lampedusa, a Itália lançou uma operação especial com navios, helicópteros e drones para monitorar o mar Mediterrâneo. A Itália é uma importante porta de acesso à Europa para muitos migrantes que procuram refúgio e uma vida melhor.
A chegada por mar mais do que triplicou em 2013, incrementada pela guerra civil na Síria e por crises na região do Chifre da África. Nas últimas duas décadas, Itália, Grécia e a ilha mediterrânea de Malta receberam a maior parte do fluxo migratório e têm solicitado uma resposta coordenada da União Europeia.