O Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC) activou sexta-feira o ?Alerta Laranja Institucional? como forma de operacionalizar, em todo o país, as acções do plano de contingência e evitar a perda de vidas humanas e a destruição de infra-estruturas na sequência da aproximação da época chuvosa e de ciclones.
No quadro das acções a executar, destaca-se a título de exemplo a retirada das comunidades juntamente com os seus materiais das zonas baixas ou propensas a inundações para as zonas seguras.
A decisão foi tomada sexta-feira pelo Conselho Técnico de Gestão de Calamidades (CGTC), órgão tutelado pelo INGC, no encontro havido sexta-feira em Maputo para analisar os cenários meteorológico e hidrológico referentes á época chuvosa e ciclónica 2013/14.
Segundo o director-geral do INGC, João Ribeiro, a activação do alerta permitirá aos comités locais de gestão de risco de calamidades a tomada de medidas preventivas para evitar a perda de vidas humanos e matérias resultantes da ocorrência desses fenómenos. ?Queremos incrementar a operacionalização das acções do Plano de Contingência para evitar perdas de vidas humanas e destruição de infra-estruturas sociais e económicas, bem como como prestar maior atenção aos grupos mais vulneráveis ?.
Para o efeito, o INGC recomenda aos órgãos distritais e províncias para se manterem em prontidão e a observar todas as medidas previstas no Alerta Laranja Institucional. Para além de se abandonar as zonas baixas, o Alerta Laranja Institucional determina a limpeza das valas de drenagens e sistemas de escoamento de águas para fazer face às grandes quantidades de água das chuvas.
Ribeiro acrescentou que o alerta foi igualmente accionado para permitir que sejam criadas todas as condições necessárias para se evitar grandes danos resultantes das inundações e ciclones, características da época chuvosa.
A fonte disse, por outro lado, que o alerta foi activado porque da análise às previsões das chuvas para Janeiro a Março verificou-se que a convergência intertropical está a influenciar bastante o tempo na zona norte e centro do país.
Sobre a análise da época chuvosa 2013/14, referiu que as perdas humanas que tem ocorrido nos últimos tempos, principalmente resultantes de descargas atmosféricas, naufrágios e desabamentos de infra-estruturas habitacionais.
?Temos o registo de 14 pessoas que perderam a vida entre Outubro e Novembro, mas estes números poderão aumentar quando o Ministério de Saúde confirmar as causas dos óbitos no período em alusão?, disse Ribeiro.