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Papa Francisco faz apelo pela paz na missa de Natal

Comemorando o seu primeiro Natal como líder da Igreja Católica, o Papa Francisco pediu, esta quarta-feira (25), pela união de ateus e crentes de todas as religiões como forma de espalhar a paz em todo o mundo.

Falando para cerca de 70 mil pessoas a partir da varanda da Basílica de São Pedro, o mesmo local de onde emergiu para o mundo quando foi eleito papa, Francisco novamente apelou para a salvação do meio ambiente da “ganância humana e da rapacidade”.

O papa disse que pessoas de outras religiões também rezam pela paz, e pediu pela união de crentes e ateus. “Eu convido até os descrentes para desejarem a paz. (Junte-se a nós) com o seu desejo, um desejo que alarga o coração. Vamos todos nos unir, seja com preces ou desejo, mas todos pela paz”, afirmou Francisco, a ser ovacionado pela plateia.

A aproximação do Papa Francisco aos ateus e pessoas de outras religiões marca um contraste com a atitude do Papa Bento XVI, que às vezes fazia com que os não católicos se sentissem renegados. Francisco pediu pela “harmonia social do Sudão do Sul, onde as recentes tensões causaram inúmeras vítimas e são uma ameaça para a coexistência pacífica naquele jovem país”.

Acredita-se que milhares de pessoas morreram pela violência da guerra civil étnica entre as tribos Nuer e Dinka no país africano, que depois de décadas de guerra separou-se do Sudão em 2011. O pontífice também chamou pelo diálogo para encerrar os conflitos na Síria, Nigéria, República do Congo e Iraque, além de rezar por um “resultado favorável” no processo da paz entre israelitas e palestinos.

“As guerras destroem e machucam tantas vidas!”, disse ele, afirmando que as vítimas mais vulneráveis são as crianças, mulheres agredidas, os idosos e os doentes.  No seu discurso, Francisco pediu a Deus para “cuidar das muitas crianças sequestradas, feridas e mortas nos conflitos armados, e todos aqueles levados da sua infância e forçados a se tornarem soldados”.

O líder religioso também pediu uma “vida digna” aos imigrantes, rezando para que as tragédias como as centenas de imigrantes mortos no naufrágio de um navio na costa da Itália nunca se repitam, e fez um apelo particular contra o tráfico humano, o que avaliou como um “crime contra a humanidade”.

Viajantes de todo o mundo reuniram-se no Vaticano para as missas de Natal e alguns afirmavam que o motivo é a sensação de renovação que Papa Francisco deu à Igreja Católica.

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