A classificação dos leitores do @Verdade indica que, como não deixaria de ser, a fraude nas eleições autárquicas é uma das grandes Xiconhoquices do ano 2013, até porque na nossa opinião, como que apoiando os nossos leitores, trata-se de uma Xiconhoquice que não devia ser apagada das páginas da história da muito tolhida democracia deste país.
As últimas eleições autárquicas foram marcadas por fraude. O partido Frelimo adulterou os resultados em conluio com os órgãos eleitorais e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) afirmou possuir provas dessa adulteração.
Das irregularidades que o MDM afirma terem acontecido, destaca-se a detenção dos delegados de candidatura um pouco por todo o país, que terão acontecido no dia da votação, antes do início da contagem dos votos, e o desaparecimento de editais.
Aquela força política contestou formalmente os resultados eleitorais em pelo menos 10 autarquias, nomeadamente Maputo, Matola, Beira, Chimoio, Marromeu, Gorongosa, Quelimane, Mocuba e Gurué e Milange.
Outra situação de fraude verificou-se em Angoche onde menores de idade foram forçados a votar. Para além do caso de adolescentes que foram coagidos a votar, a Polícia destacada para velar pela segurança no local estava a mandar os eleitores que se encontravam já nas assembleias de votos a abandonarem as mesas por supostamente contestarem o facto de haver pessoas que exerciam o seu dever cívico mais de uma vez, sem, acima de tudo, observarem a fila.