O governo congolês assinou um acordo de paz com os rebeldes do grupo M23, contra quem lutou até que depusessem as armas no mês passado, anunciou o porta-voz presidencial do Quénia na sua conta oficial no microblog Twitter, esta quinta-feira (12).
“O governo da RDC (República Democrática do Congo) e o M23 assinaram um acordo de paz em Nairóbi”, escreveu Manoah Esipisu na mensagem. O M23 é o maior grupo de insurgentes liderados por tutsis que lutaram contra o governo do Congo nas suas regiões orientais ricas em minerais por mais de duas décadas.
O porta-voz do governo congolês, Lambert Mende, disse que três documentos foram assinados em Nairobi e que as suas disposições incluem uma reiteração da dissolução do M23 como um grupo armado.
Outras provisões incluem detalhes de desmobilização e uma renúncia à violência como meio de buscar reivindicações futuras, disse ele. “O documento é muito claro: não há amnistia geral. Aqueles que, presume-se, cometeram crimes em termos de direito internacional, crimes de guerra ou crimes contra a humanidade, não serão reinseridos na sociedade”, disse Mende.