A Polícia moçambicana (PRM) ao nível da província central de Manica apreendeu, ano passado, 3,154 toneladas de turmalinas que estavam na posse de cidadãos estrangeiros cuja actividade principal é a compra e venda ilegal daquele mineral de alto valor económico.
Esta apreensão resulta da operação efectuada pela PRM após a explosão, nos finais de 2007, de turmalina de diversas cores no Posto Administrativo de Nhampassa, distrito de Báruè, numa mina que veio depois a ser pilhada por cidadãos nacionais e estrangeiros.
Aliás, estes indivíduos estrangeiros, na sua maioria provenientes da região do Corno de Africa, já haviam erguido as suas residências, um mercado informal e um templo religioso nas imediações da mina, segundo escreve o jornal “Diário de Moçambique” Na altura, o Ministério dos Recursos Minerais (MIREM) interditou a exploração da mina, uma medida que visava criar condições para a prática da actividade de forma racional e rentável.
Porém, os cidadãos estrangeiros, que provavelmente ainda possuíam turmalinas, começaram a vender estes minerais naquela cidade sem o consentimento das autoridades. Além da apreensão das trumalinas, a Policia também deteve 336 pessoas de diversas nacionalidades indiciadas de estarem envolvidos nesse negócio, segundo o porta-voz do Comando da PRM em Manica, Pedro Jamusse.
Igualmente, a PRM apreendeu seis viaturas que se suspeita tenham sido utilizadas para o transporte do mineral desde o local da exploração para outros pontos da província. Segundo Jamusse, 335 dos estrangeiros foram repatriados para os seus países de origem.