Quem chega na vila municipal de Moatize, na província de Tete, é recebido, a partir da Estrada Nacional número Sete (EN7), por montões de lixo em quase todos lugares, sinal de que o sistema de recolha de resíduos sólidos é deficitário.
A situação é crítica no mercado Liberdade, nas ruas e passeios da vila, facto que, para além dos 500 vendedores daquele bazar, preocupa igualmente os munícipes. No último domingo (17), a Reportagem do @Verdade visitou algumas ruas e o mercado da vila de Moatize. O que constatámos é uma angústia para os comerciantes. Estes queixam-se do facto de a edilidade local estar supostamente apenas interessada nas taxas diárias em vez da limpeza.“Diariamente pagamos 10 meticais e os fiscais nunca faltam quando se trata de cobrar dinheiro”, disse-nos um dos vendedores agastados com a impureza que caracteriza o mercado da Liberdade.
Os vendedores pedem ao Conselho Municipal de Moatize para que recolha o lixo, uma vez que contribuem para o efeito, sobretudo porque há receios de eclosão de doenças relacionadas com a impureza, nesta época chuvosa.
O chefe do mercado Liberdade, João Nzero, disse-nos que a inquietação dos munícipes e comerciantes já é do conhecimento da edilidade. O nosso entrevistado queixou-se também da ausência de lavabos e água. O vereador que responde pela área de urbanização já está a par destes e outros problemas mas ainda não fez nada com vista a solucioná-los.
