O crédito malparado está em crescendo em Moçambique, tendo passado de 3,6% em Junho, para 4,5%, em Setembro de 2013. Este agravamento segue-se à escalada do mesmo indicador em 0,6%, no período compreendido entre Dezembro de 2011 e Junho de 2012.
Naquele período, o também designado crédito vencido passou de 2,6%, em Dezembro de 2011, para 3,2%, em Junho de 2012, para em Setembro do mesmo ano fixar-se nos 3,5%, segundo o Banco de Moçambique (BM).
O incremento abrandou ligeiramente para 3,2%, em Dezembro de 2012, mas em Junho de 2013 voltou a agravar para 3,6%, fixando-se nos 4,5% em Setembro último. Sobre as razões deste incremento, Waldemar de Sousa, administrador e porta-voz do banco central moçambicano, disse que a situação é reflexo do incumprimento das obrigações dos clientes para com os bancos comerciais, por um lado, e, por outro, deve-se às medidas de maior controlo que a sua instituição passou a seguir.
Cenário contrário regista-se no rácio de solvabilidade que está a registar tendência de aumento que é sinónimo de que o sistema financeiro moçambicano não está vulnerável a qualquer tipo de problemas preocupantes.
CTA
O aumento do crédito malparado poderá ser agravado ainda mais como resultado do conflito armado que se regista no Centro e Norte de Moçambique, a fé nas avaliações da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
Esta agremiação diz que muitas empresas, particularmente do sector dos transportes, não vão conseguir reembolsar o crédito concedido pela banca comercial por os seus meios circulantes estarem a ser destruídos na Estrada Nacional Número Um (EN1) durante o transporte de mercadorias para o Centro e Norte e destas regiões para o Sul de Moçambique.

