No município da Beira, o processo de caça ao voto do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) e do candidato a edil, Daviz Simango, foi marcado por actos de violência protagonizados pelas Forças de Intervenção Rápida (FIR). O facto deu-se no bairro da Munhava, arredores da cidade, quando o partido se preparava para fazer a festa de encerramento da campanha eleitoral.
Porém, tumultos à parte, ao longo das duas semanas de trabalho, Simango privilegiou a caravana e, nos breves contactos que teve com os eleitores, falou sobre as realizações da edilidade e prometeu continuar a melhorar as condições de vida dos munícipes.
Na tarde de sábado (16), penúltimo dia da campanha eleitoral, o Movimento Democrático de Moçambique havia agendado um “showmício” de encerramento do processo de caça ao voto de Daviz Simango e o seu partido no campo municipal da Munhava, arredores da Beira.
Porém, a festa foi interrompida pelos agentes da FIR que dispararam gás lacrimogéneo, dispersando milhares de pessoas que se encontravam naquele local. Apesar da situação tumultuosa, no último dia da campanha, militantes do MDM percorreram os principais artérias da cidade como vinha sendo apanágio, cantando vitória.
Ao longo das duas semanas, o candidato a edil da Beira pelo Movimento Democrático de Moçambique (MDM), Daviz Simango, privilegiou a caravana, interrompendo o trânsito por onde passava.
A quase infindável fila de viaturas, acompanhada por uma moldura humana, percorreu quase todos os bairros da autarquia, com destaque para Munhava, Nhangau, Inhamizua, Manga, Matacuane, Pioneiros e Muchatazina. Ao longo do trajecto, dezenas de munícipes iam-se juntando à festa, acenando para a caravana.
“Esta estrada é de Daviz Simango”, disse Ângela Cipriano, residente no bairro de Muchatazina, apontando para uma estrada recentemente reabilitada. “Na Beira, mandamos nós”, gritava um grupo de militantes pendurados num camião. Centenas de viaturas, motociclos e bicicletas, e o barulho de buzinas tornaram as ruas da Beira praticamente intransitáveis.
Simango insistia na necessidade de se votar no seu partido como forma de garantir a aprovação dos projectos que tem em manga com vista ao bem-estar dos munícipes. Aproveitou ainda a ocasião para explicar aos eleitores como devem prencher os boletins de voto no dia da votação. Simango pediu aos munícipes para fazerem a escolha certa, votando no “galo”. “Não devem ter medo de votar no galo, pois a aprovação dos nossos projectos pela Assembleia Municipal depende do vosso voto”, disse.
