Horácio Félix Raposo continua a defender as mesmas ideias-chave: a defesa do Estado Social na saúde e educação, a promessa de que o país deve ser de todos e para todos, além das que constam do programa do seu manifesto. Na recta final desta campanha, a fraca adesão à sua mensagem mostra que isso pode não chegar, pois o partido no poder está a ganhar a preferência dos eleitores.
Ainda assim, o MDM faz um balanço positivo da campanha eleitoral para as eleições autárquicas deste ano. As palavras de Horácio Félix Raposo repetem-se todos os dias com a mesma entoação, embora com a voz traída algumas vezes pela laringite que há vários dias o deixou rouco e quase afónico. Não há comícios sem bandeiras do MDM.
Cerca de uma hora antes de cada acção de campanha, chegam carrinhas da caravana que acompanha esta volta de Raposo pelo coração de Moatize. A máquina do MDM distribui panfletos, camisetas e outros brindes antes do candidato Raposo chegar a cada bairro da vila.
O encerramento da campanha decorreu sem sobressaltos, apesar de uma tentativa de confrontos sem impacto negativo. De facto, o MDM tentou sem sucesso invadir o encontro de encerramento da Frelimo que estava a decorrer no parque infantil daquela vila. O porta-voz desta formação política, Carlos Monteiro, acusou o partido Frelimo de usar o local, que é um espaço público.
Em relação à mensagem de encerramento, o candidato do MDM pede aos eleitorados que afluam em massa no dia 20 de Novembro do ano em curso aos postos de votação e que escolham um candidato e partido que vão desenvolver a Vila de Moatize. Já os eleitores dizem que os problemas de Moatize têm a ver com a falta de emprego, com o lixo, vias de acesso, e acesso a água potável. “Não temos emprego, as estradas estão a degradar-se aos poucos porque não se faz a manutenção, e não temos água”.
