Mohamed Ould Maouloud, presidente da União das Forças de Progresso (UFP), um partido-membro da Coordenação da Oposição Democrática (COD) na Mauritânia, acusou, quarta-feira (13), as autoridades mauritanas de planearem uma “corrupção eleitoral” visando as legislativas e municipais de 23 de Novembro e 7 de Dezembro próximos.
Maouloud falava durante uma conferência de imprensa na capital, Nouakchott, e em nome do colectivo de 10 partidos políticos que decidiram boicotar estas eleições para protestar contra “a agenda eleitoral unilateral” do poder.
Afirmou ter em sua posse informações relativas “ao uso dos meios do Estado com objectivos partidários de campanha eleitoral”, e denunciou o concessão a alguns partidos políticos “avultados fundos que vão até um bilião de ouguiyas” mauritanos (um dólar americanos equivale a 300 ouguiya).
O presidente da UFP revelou denunciou ainda “um contrato duvidoso” entre a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) e uma empresa britânica para a realização de boletins de voto. No total, 47 partidos políticos saídos da maioria e da oposição moderada participam nestas eleições.

