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Avaria da bobine da HCB contribui para queda das exportações em 4,2%

As exportações da energia eléctrica, alumínio e areias pesadas de Moma caíram em 4,2% no primeiro trimestre de 2013. Relativamente à energia eléctrica gerada pela Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCNB), tal queda ficou a dever-se à danificação de uma bobine daquela barragem, por avaria, entretanto, já recuperada e em pleno funcionamento.

A empresa já iniciou o processo de renovação da subestação conversora do Songo, devendo ficar concluído em 2014, isto depois da recepção de novos novos equipamentos encomendados e avaliados em cerca de 50 milhões de dólares norte-americanos integralmente realizados pelos fundos próprios da HCB, segundo apurou-se esta quarta-feira de fonte deste empreendimento.

Espinha dorsal

Entretanto, ainda em 2014, a HCB deverá passar a deter 7,5% da participação de Portugal no sistema eléctrico interligando Tete e Maputo chamado espinha dorsal, cujas obras de construção estão avaliadas em cerca de USD 2,5 mil milhões.

A nova linha de transporte de energia eléctrica do Songo para Maputo visa garantir a disponibilidade de infra-estruturas suficientes, integradas e eficientes que servirão de suporte e base de sustentação à industrialização de Moçambique e da África Austral.

O projecto, cuja primeira fase consistiu num estudo de viabilidade avaliado em USD 1,8 milhão, contempla duas linhas de transporte de energia, entre elas a linha de corrente alternada em alta tensão, a ser operada a 400 quilovátios (KV), interligando Tete/ Maputo e intercalada por cinco novas subestações a localizarem-se nas zonas de Cataxa, Inchope, Vilankulo, Chibuto e Moamba, nas províncias de Tete, Manica, Inhambane, Gaza e de Maputo.

Lembre-se, entretanto, que a 9 de Abril de 2012 o Estado moçambicano passou a deter 92,5% do capital da HCB, num compromisso formalizado, em Maputo, através da assinatura de um protocolo de alienação, a favor de Moçambique, dos restantes 15% do capital da empresa que eram detidos por Portugal.

O processo vai obedecer a duas etapas, sendo a primeira a caracterizarse pela passagem para o Governo moçambicano dos 7,5% do capital da HCB, facto já consumado, faltando a segunda fase que permitirá que o Governo moçambicano passe a deter os remanescentes 7,5%.

A participação de Portugal na linha da energia eléctrica também designada Espinha Dorsal será através de investimentos envolvendo a empresa lusa REN (Rede Energética Nacional) que detém 7,5% na HCB nesta nova linha da energia.

É por via deste processo que os restantes 7,5% detidos por Portugal passarão para a HCB em 2014. Refira-se que o documento formaliza que Moçambique passa a deter 92,5% da HCB foi rubricado pelo Presidente da República, Armando Guebuza, e pelo antigo Primeiro-ministro de Portugal José Sócrates.

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