O nono dia da campanha do candidato do MDM, Silvério Ronguana, à edil da Matola, começou da pior forma: dois jovens da sua brigada foram detidos na esquadra do bairro 1 de Maio acusados de sobrepor os panfletos do seu partido aos da Frelimo. As tentativas de libertar os jovens das mãos da polícia redundou em fracasso.
Curiosamente, os jovens que residem naquele bairro foram encaminhados àquela unidade pelo chefe do quarteirão e por dois membros da Organização da Juventude Moçambicana (OJM). Neves Nhantumbo, membro do MDM, disse ao @Verdade que “as diligências para restituir os jovens a liberdade não surtiu efeitos”.
Este acidente de percurso, no entanto, não foi suficiente para impedir a brigada liderada por Silvério Ronguana de cumprir com o seu programa de campanha. O bairro escolhido para “namorar” os potenciais eleitores foi o problemático Khongolote. A situação de precariedade, daquela circunscrição territorial da Matola, foi testemunhada por Silvério Ronguana que pregou a mensagem da mudança e de melhores dias “se os residentes da Matola escolherem o MDM”.
Os cortes frequentes de energia e a intransitabilidade das vias de acesso quando chove foram arrolados como problemas ignorados pela governação do elenco eleito em 2009. Os vendedores informais também foram abordados pelo candidato à edil. Aos informais, Ronguana falou a necessidade de se criar um fundo para posterior reforma dos vendedores.
O que o candidato propõe é que cada um “tire um ínfimo valor aos pequenos vendedores e quando a pessoa envelhecer ganha uma reforma, assim evita morrer mendigando”, esclareceu. Já no bairro do Licuacuanine, um bairro adjacente ao extenso Khongolote, uma residente recebeu o candidato do MDM para lhe pedir uma estrada: ” aqui não há vias de acesso, somos mal transportados, quando chove nem há chapas, estamos a pedir uma estrada.”
Um comerciante, residente na zona de Mapandane, um bairro também circuvizinho, mostrou-se satisfeito com a promessa de Ronguana de facilitar o aceso ao crédito para impulsionar a economia. Outro facto que nos chamou atenção no bairro 1 de Maio foi de um jovem que tinha na sua carrinha panfletos de dois candidatos, MDM e Frelimo. Interpelamo-lo ele para entendermos o gestoele peremptório disse: “o voto é secreto.”

