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África do Sul: iniciou o julgamento do “caso Mido Macia”

O Tribunal Supremo da Africa do Sul iniciou esta segunda-feira (11) o julgamento dos nove agentes da Polícia acusados de assassinato do moçambicano Mido Macie, em Fevereiro deste ano, naquele país.

O malogrado era taxista de profissão, foi agredido, algemado na parte traseira de uma carrinha da corporação e arrastado por várias centenas de metros pelas ruas de Daveytown, a leste de Joanesburgo. Horas depois, ele foi encontrado morto numa cela, com graves ferimentos, sobretudo na cabeça, facto que resultou numa hemorragia cerebral, segundo a Polícia Independente de Investigação (IPID).

O caso, classificado como premeditado, chocou o mundo inteiro por causa da forma brutal com que o moçambicano foi tirado a vida. Mido Macie passou a residir na África do Sul em 1996. Para além da viúva e filho, de anos de idade, o moçambicano deixou três filhos do seu irmão, também falecido, e que estavam sob sua responsabilidade.

Com o julgamento retomado nesta segunda-feira, espera-se que haja esclarecimento dos motivos e das circunstâncias em que Mido Macie foi brutalmente morto. A família da vítima tem como advogado José Nascimento, constituído pelo Estado moçambicano.

Antes da interrupção deste do julgamento pelo Tribunal de Benoni, os advogados dos noves polícias implicados foram acusados manipular o processo o que originou os adiamentos sucessivos que caracterizam o processo, facto que impediu, na altura, o procurador December Mtimunye de apresentar as conclusões sobre as investigações feitas em relação ao envolvimento dos mesmos agentes no crime.

Os noves agentes em causa, respondem ao processo em liberdade porque o tribunal acreditou que eles reúnem condições para o efeito e a sua liberdade condicional não iria interferir nas investigações, pois estas já estavam concluídas. Contudo, os visados pagaram uma caução de cinco mil rands em Agosto último.

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