A Universidade Pedagógica (UP), Delegação de Inhambane, vai alterar o seu calendário académico em 2014 por causa dos conflitos armados que se registam na região Centro do país, desde o princípio do ano em curso.
É que a maior parte dos docentes que garantem as aulas na UP são de nacionalidades estrangeiras, nomeadamente Itália, Portugal e Espanha, e os mesmos negam vir ao país enquanto a tensão político-militar prevalecer. Por exemplo, o curso de Medicina Geral, cuja introdução estava prevista para o próximo ano, foi adiado para 2015.
Trata-se de um curso que iria arrancar com pelo menos 60 estudantes em Agosto próximo, segundo a directora da Faculdade de Ciências de Saúde (FACSA) da UP de Inhambane, Aspácia Madeira. “Temos receio de investirmos muito e termos pouco retorno. Vamos aguardar até que haja certeza da estabilidade política no país”.
O adiamento tem ainda a ver com o período chuvoso que inicia de Outubro a Março do ano seguinte, e que tem registado situações adversas tais como inundações sempre no início do ano, facto que compromete as aulas.

