As Filipinas esvaziaram áreas costeiras e colocaram equipes de emergência em alerta, esta quarta-feira (6), enquanto uma tempestade que deve crescer e virar um super-tufão seguia em direcção às ilhas, que ainda se recuperam de um terremoto do mês passado.
O tufão Haiyan, com ventos de até 185 km/h, estava a mover-se sobre o mar a 30 km/h e pode chegar ao continente no meio do dia da sexta-feira nas ilhas centrais de Samar e Leyte, disse o secretário de Tecnologia e Ciência, Mario Montejo.
“Estamos a aconselhar as pessoas a reforçarem as suas casas porque esperamos um tufão potente, um super-tufão”, disse Montejo. “Ainda está no Pacífico, mas ganhou velocidade e pode entrar na nossa área de responsabilidade até amanhã (quinta-feira)”.
As autoridades nas áreas centrais de Cebu, Bohol e Albay fecharam escolas, prepararam os abrigos de emergência e alimentos e colocaram as equipes de emergência em alerta. “O nosso objectivo é ter zero vítimas, então enviamos anúncios para as agências de desastre para que comecem a evacuar as pessoas das áreas baixas e costeiras, assim como das áreas que podem sofrer deslizamentos de terra”, disse Flor Gaviola, funcionária regional de enfrentamento a desastres.
Milhares de pessoas na ilha Bohol ainda estão em abrigos depois de as suas casas terem sido destruídas por um terremoto a 15 de Outubro, que matou mais de 200 pessoas.
Cerca de 20 tufões atingem as Filipinas todos os anos. O tufão Bopha, a mais forte tempestade no ano passado, arrasou três cidades costeiras na ilha de Mindanao, no sul, matando 1.100 pessoas, e destruiu colheitas, propriedades e infraestrutura no valor de 1,04 bilhão de dólares.
