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Cegos e ambliopes são destratados e confundidos com pedintes em Nampula

A Associação dos Cegos e Ambliopes de Moçambique (ACAMO) em Nampula está preocupada com a alegada crescente descriminação a que são sujeitos os seus membros nas instituições públicas, privadas, estabelecimentos comerciais, dentre outros.

Periha Amade, presidente da agremiação, apontou os sectores da Saúde e Educação como sendo os que mais casos descriminação registam. “Ficamos horas parados na bicha e sem ajuda de ninguém, assim como o atendimento não tem sido com a atenção desejada, mas não temos alternativas”.

inquietação apresentada tem a ver com o facto de alguns proprietários de supermercados e lojas da urbe dificultarem o acesso dos cegos e ambliopes àqueles lugares alegadamente porque estes pretendem apenas pedir esmola ou porque não têm dinheiro para pagar as suas contas por se tratar de uma classe social baixa.

Para inverter este problema a ACAMO está a trabalhar em pareceria com a Direcção Provincial da Mulher e Acção Social (DPMAS) em Nampula na promoção de palestras junto das instituições do Estado com vista a incutir atitudes positivas em relação aos cegos e ambliopes nos funcionários.

Periha falava esta terça-feira (15) na cidade de Nampula à margem das comemorações do Dia Mundial da Bengala Branca. A ACAMO, fundada em 1995, é uma organização que trabalha com pessoas com deficiência visual e conta com 245 membros nesta região do país.

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