Um tufão não comum ameaçou o Japão, esta terça-feira (15), causando o cancelamento de voos e comboios e atrapalhando o transporte de petróleo enquanto atravessa o Pacífico na direcção de Tóquio.
O tufão Wipha deve chegar à costa japonesa bem na hora do rush matinal da quarta-feira na metrópole de 30 milhões de habitantes. Os ventos devem ter a força proporcional a um furacão. Às 5h da terça-feira, o centro da tempestade estava 860 quilómetros a sudoeste de Tóquio, segundo o site da Agência Meteorológica Japonesa.
O tufão desloca-se para norte-nordeste a 35 km/h. A tempestade havia perdido força ao se dirigir para o norte, sobre o mar, mas continuava com ventos regulares em torno de 140 km/h, com rajadas chegando a 194 km/h, segundo a agência.
Os meteorologistas alertaram para chuvas fortes, inundações e ventos fortes na capital, e aconselharam as pessoas a evitarem deslocamentos desnecessários e se prepararem para deixar as suas casas rapidamente em caso de emergência.
Um porta-voz da agência meteorológica disse que as tempestades desse tipo só ocorrem “uma vez por década”, e que esse é o ciclone mais intenso a se aproximar do Japão desde Outubro de 2004, quando cerca de cem pessoas morreram por causa de inundações e deslizamentos.
Quatro refinarias do leste japonês já anunciaram a suspensão do desembarque de petróleo nos seus atracadouros, mas não houve prejuízos às operações de refino. A Japan Airlines cancelou 183 voos domésticos na terça e quarta-feira, a maioria partindo do aeroporto de Haneda, em Tóquio.
A concorrente ANA suspendeu 210 voos domésticos e 3 internacionais. Juntos, os cancelamentos afectam 60.850 passageiros, segundo as empresas. A companhia ferroviária East Japan Railway disse ter suspendido a circulação de 31 comboios-bala com destino ao norte e oeste de Tóquio. A Nissan disse que cancelará o seu turno matinal da quarta-feira nas fábricas de Oppama e Yokohama, ao sul da capital.