Mais de doze mil docentes de diversas instituições de ensino da província de Nampula não estão nomeados para o Aparelho do Estado, facto que preocupa sobremaneira a Organização Nacional dos Professores (ONP) nesta região do país com 26.621 professores, dos quais apenas 14.492 possuem um vínculo contratual com o Estado.
André Jana, secretário provincial da ONP em Nampula, que falava a jornalistas no âmbito das comemorações de mais um aniversário dos pedagogos, disse que, além da falta de nomeação, muitos professores trabalham em condições extremamente deploráveis, cresce o número de pedagogos que ensinam ao relento, há turmas com um rácio professor/aluno acima de 100 a sobrecarga horária não é recompensada pelo Estado.
Segundo André Jana, existem docentes com mais de 35 anos de experiência na Função Pública, porém, sem nenhum vínculo contratual com o Governo. Isso é preocupante na medida em que os profissionais do sector da Educação têm o conhecimento de que não irão beneficiar de pensão de reforma.
Num outro desenvolvimento, Jana recordou que a falta de nomeação, progressões na careira e as péssimas condições de trabalho são uma parte das dificuldades que os pedagogos enfrentam no seu quotidiano.
Por seu turno, Fernão Cacecasse, representante do director provincial da Educação e Cultura de Nampula, disse que os problemas mencionados pelos docentes já são do conhecimento do executivo moçambicano e está-se a procurar as respectivas soluções. Os professores em situação irregular na Função Pública poderão ter a oportunidade de resolver a situação.
