O secretário-geral do Partido Radical para uma Ação Global (RAG, oposição) e próximo do movimento antiesclavagista da Mauritânia, Balla Touré, apelou, sábado (5), para o boicote das eleições legislativas e municipais de 23 de novembro e 7 de Dezembro de 2013, no país.
Privado de reconhecimento da administração, o RAG aproximou-se da Aliança Democrática da Mauritânia (ADM) para as listas comunais nas eleições legislativas e municipais.
Falando durante uma conferência de imprensa, Touré justificou o apelo para o boicote pela “ausência total de condições para a organização de eleições inclusivas, livres e transparentes”.
Segundo ele, a Comissão Eleitoral Nacional Independente (CENI) é “instrumentalizada por um poder que pretende assim instaurar um agenda unilateral”. Prometeu que o RAG vai organizar várias manifestações pacíficas para levar as populações a boicotar os dois escrutínios.
“Elas não terão nenhuma legitimidade e vamos levar a cabo uma acção diplomática para que elas não sejam reconhecidas pela comunidade internacional”, acrescentou Touré.
Desde Novembro de 2011, as eleições legislativas e municipais na Mauritânia foram várias vezes adiadas por ausência de consenso político.