A selecção nacional de basquetebol sénior feminino apurou-se para as meias-finais do Campeonato Africano, que decorre em Maputo, ao derrotar a sua congénere da Nigéria por uma diferença de três pontos. Neste sábado (28), as “Samurais” defrontam o Camarões.
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No arranque as nigerianas fizeram com que Moçambique cometesse muitos erros, sobretudo no entrosamento. As “Samurais” foram pouco assertivas na tabela, diante de um adversário que socorreu-se ao contacto físico para ganhar uma vantagem de cinco pontos terminados os primeiros dez minutos (18 a 13).
No reatamento, a equipa de Nazir Salé, ressentida de uma etapa inicial pouco conseguida, teve poucos acertos mas inteligente no aproveitamento do contacto físico privilegiado pela equipa adversária. A seis minutos do fim do segundo período, Leia Dongue, na zona do lançamento livre, restaurou a igualdade em 22 pontos.
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E não demorou muito para que o espírito de combate “Samurai” deixasse a sua marca registada no pavilhão do Maxaquene, levando a nossa selecção à frente do marcador pela primeira vez no jogo. Já nos minutos finais, a nossa selecção pressionou a Nigéria na saída do seu campo e saiu neste período a vencer por 35 a 28.
A defesa como arma do “ataque”
Quando os processos defensivos são claros e a 25 metros da nossa própria tabela, ou seja, a três da do adversário, Deolinda consegue ser, realmente, uma verdadeira maestrina. Uma líder de uma orquestra que sabe, num entalar de dedos, facultar que a Leia Dongue seja uma finalizadora com poucos toques perfeição.
À equipa que veio apenas para jogar ao erro do adversário, para aproveitar do porte físico de algumas das suas jogadoras como Ukato e Sadiq para perturbar Clarisse Machanguana, nada mais podia sobrar senão explorar a velocidade de Atosu e a ousadia de Ogoke para atacar. As Samurais venceram por apenas por 52 a 46.
Uma recta final de “sonhos”
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O susto voltou a abalar o pavilhão do Maxaquene, quando a um minuto do fim do jogo as “Samurais” estiveram em desvantagem de cinco pontos. Incrivelmente o desalento tomou conta do público, em que alguns já se conformavam com uma provável derrota. E à moda inglesa, diga-se de passagem, a nossa selecção acreditou e foi até às últimas consequências.
À entrada dos últimos 50 segundos reduziu a desvantagem para apenas dois pontos por Deolinda Ngulela. Veio a “toada” que, com um lançamento magistral de Anabela Cossa, empatou o jogo em 74 a trinta segundos do fim. Leia Dongue, já sob o cair do pano, marcou o triplo que avivou a esperança de Moçambique em chegar ao “Ouro”.
O pavilhão explodiu de emoção, uma mescla entre o gáudio e as lágrimas. O público chegou a invadir o pavilhão e houve, ainda, quem desmaiou por não se aguentar.
A selecção nacional volta a entrar em palco neste sábado (28) a partir das 18 horas, no jogo que antecede à final da prova.
No primeiro jogo dos quartos, a selecção do Camarões venceu a Costa do Marfim por 62 a 48, com parciais de 21 a 14, 34 a 21, 52 a 36, enquanto a campeã africana em título, Angola humilhou o Egipto por 84 a 49.