A dívida pública externa moçambicana registou um crescimento de 153% em 2012, atingindo os USD 1915,1, de acordo com o Ministério das Finanças. A fonte esclarece que o valor contraído está a ser usado na cobertura do défice orçamental do Estado e na implementação dos programas de desenvolvimento socioeconómico do país.
A maior fatia desse “bolo” provém de fontes multilaterais, representando 59%, contra 41% dos financiamentos bilaterais, segundo ainda o Ministério das Finanças, realçando que, do ponto de vista global, os desembolsos cresceram em 3%, de 2011 para 2012.
Estão a ser beneficiados pelo financiamento os projectos de redução da pobreza em Moçambique, esfera que consome USD 675 milhões, contra cerca de USD120 milhões que estão a financiar o projecto Cidades e Mudanças Climáticas.
O Banco Mundial (BIRD), através da sua Agência para o Desenvolvimento Internacional (IDA), e a China estão na dianteira entre os que mais dinheiro meteram em Moçambique em 2012.
Por seu turno, a França, com cerca de USD 117,21 milhões, está a financiar projectos de reabilitação das centrais eléctricas de Mavuze/ Chicamba, na província de Manica. O mesmo país está também a financiar com USD 52,41 milhões o projecto de reforço do abastecimento de água potável às cidades de Maputo e Matola.
Stock da dívida pública externa
Entretanto, em 2012, o total do stock da dívida pública externa moçambicana foi de USD 4826,38 milhões. De 2011 para 2012 verificou-se um aumento de USD 611,95 milhões no stock da mesma dívida externa, representando um incremento nominal de 15%.
No período em análise, o Conselho de Ministros aprovou a Estratégia de Médio Prazo para Gestão da Dívida Pública, 2012-2015, instrumento de importância vital no processo de tomada de decisão sobre a contratação de dívida pelo Estado.
Também procedeu à elaboração do Plano de Endividamento Interno para 2013 e de Boletins Trimestrais sobre a Dívida Pública. A estratégia tem por objectivo manter a sustentabilidade da dívida ao longo do tempo, com base em políticas que guiarão o processo de tomada de decisões baseadas no pressuposto de minimização de custos e de riscos associados à carteira da dívida pública.