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Xiconhocas da semana: Rosa Bombino , Mambas, Pedro Cossa

Xiconhoca da semana: Mulher que trancou as filhas em casa e ateou fogo; Jorge Khalau prometeu...

Os nossos leitores elegeram os seguintes Xiconhocas na semana finda:

Rosa Bombino

A imparcialidade é uma das características mais marcantes de um Xiconhoca, como, aliás, ficou demonstrado no município de Quelimane pela acção anti-democrática de Rosa Bombino. A senhora em questão, perdoem-nos as senhoras de facto, mandou remover os dísticos ainda existentes da campanha de Manuel de Araújo. Uma leitura apressada leva à conclusão de que tal acto é digno de apreço. Porém, esse rigor selectivo mostra o quão a militância partidária pode influenciar as decisões das pessoas em lugares onde a imparcialidade deve ser a tónica dominante. Por que cargas de água a Xiconhoca da Rosa Bombino esqueceu de remover os dísticos do partido no poder? Ou é para dar razão aos que alegam, de Sathunjira, que a Comissão Nacional de Eleições é um covil de lacaios do partido Frelimo….

Mambas

Os nossos leitores escolheram os Mambas como Xiconhocas. Uma larga maioria diz que é inconcebível colocar em risco uma vantagem de três golos em 45 minutos. É, dizem, ridículo e revelador da nossa pequenez. Contudo, outros leitores, talvez mais atentos e mais próximos da verdade, dizem que Xiconhocas somos todos. Ou seja, 22 milhões de moçambicanos. Os Mambas são produto do país que temos e da forma preguiçosa como encaramos tudo o que é sério. “Um povo que se sujeita aos nossos políticos não pode exigir muito de uma selecção de futebol que, no fundo, é produto das nossas escolhas. Não são, aliás, os Mambas os únicos medíocres desta pátria. Eles até nem são a quarta pior selecção do mundo, mas nós, diga-se em abono da verdade, somos o quarto pior país do planeta terra”.

Pedro Cossa

O pior que a população poderia ouvir de um agente sénior da Polícia da República de Moçambique (PRM) é a deslavada desculpa de que o crime só ocorre porque os populares não denunciam os criminosos. Excelente conclusão esta do Pedro Cossa. Aliás, excelentíssima e reveladora do desespero de uma polícia à beira da resignação e que não sabe lidar com o crime. Só, diz um leitor, um Xiconhoca pode crer que o trabalho da população é denunciar. Ainda que constitua dever de qualquer pessoa de bem agir de tal forma, o bom do Cossa não pode, em momento algum, esquecer que conter o crime é trabalho da Polícia. O cidadão, diga-se, pode contribuir, mas não é, de forma alguma, o garante da estabilidade. Por isso é que não temos armas. O estranho é que quem as tem julga que devemos disparar com os nossos próprios dedos para combater o crime.

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