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Gabinete egípcio começa a trabalhar e a Irmandade convoca protesto

Os partidários do presidente deposto Mohamed Mursi convocaram grandes manifestações, Quarta-feira (17),  no Egito, num protesto contra a formação de um gabinete provisório que iniciou o seu primeiro dia de trabalho.

O Exército, que há duas semanas depôs o primeiro presidente eleito livremente na história egípcia, acusou os partidários de Mursi de estimularem manifestações armadas perto de quartéis e de tentarem dar carácter religioso a uma disputa política.

Terça-feira, tomaram posse 33 ministros interinos, a maioria tecnocratas e liberais. Não há no gabinete nenhum representante das duas principais facções islâmicas que venceram cinco eleições consecutivas desde a rebelião que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak em 2011.

“Será que (o gabinete) acredita em si mesmo? Alguém acredita?”, escreveu Essam El Erian, dirigente da Irmandade, na sua página do Facebook. “Como ele pode ter qualquer autoridade quando sabe que com uma palavra dos militares todos os seus membros podem ser mandados para casa com medo de serem presos?”, questionou.

A posse aconteceu num ornamentado salão oficial, horas depois de confrontos nas ruas entre partidários de Mursi e as forças de segurança. Com 7 mortos e 260 feridos, esses foram os incidentes mais graves em uma semana.

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