O Presidente moçambicano, Armando Guebuza, exortou a toda sociedade civil moçambicana a dar o seu melhor para o sucesso da Campanha Nacional de Educação Ambiental, lançada hoje na escola Secundária Quisse Mavota, arredores na cidade de Maputo, sob o lema “Por um Moçambique Verde, Belo e Próspero”.
A campanha, a ser replicada pelo país inteiro, tem por objectivo criar uma visão comum em relação a gestão ambiental, conduzir a um desenvolvimento sustentável, que contribua para reduzir os problemas da sua degradação, particularmente aqueles cujas causas são de origem humana. A mesma transmitirá conhecimentos básicos e a compreensão do ambiente a sua inter-relação com o ser humano; desenvolver habilidades para resolver os problemas ambientais, contribuir para o desenvolvimento de valores sociais e atitudes que sejam ambientalmente sãos.
Discursando na ocasião, Guebuza disse que as mudanças climáticas já não são uma novidade literária ou um fenómeno vago e distante dos moçambicanos e, prova disso, são os eventos extremos como as cheias, secas, depressões tropicais e ciclone, calamidades que se têm saldado em óbitos, destruição de bens e propriedades, com um impacto negativo no solo, nos recursos hídricos e na biodiversidade. “Individual e colectivamente, essas calamidades são um sério obstáculo a implementação célere da nossa agenda nacional de luta contra a pobreza.
Infelizmente, parte das acções que nós moçambicanos e moçambicanas protagonizamos concorrem para agravar os efeitos hidro-meteorológicos extremos”, explicou Guebuza. O presidente apontou, por exemplo, as queimadas descontroladas que destroem a flora e a fauna e podem resultar em mortes com muita gravidade como aconteceu, em 2008, nas províncias de Manica e Sofala, centro do país.
Na mesma esteira, Guebuza referiuse a ocupação desordenada do espaço físico que pode provocar a erosão e a degradação dos solos. As iniciativas presidenciais de “um aluno uma fruteira por ano” e “uma aldeia uma floresta comunitária”, segundo Guebuza, não visam apenas gerar fruta, sombra, beleza, lenha e outro material de construção, visam igualmente induzir outros hábitos de gosto pela natureza e pelo meio ambiente.
Desta feita, ele exortou a todos os moçambicanos para usarem todos os pretextos possíveis para plantarem mais uma árvore e garantirem que o país seja uma autêntica paisagem verdejante. “Os pretextos podem ser vários e diversificados, como o aniversário, o casamento, a passagem de classe ou a graduação, a promoção no emprego ou a colocação num novo posto de trabalho, a recepção de visitas de familiares, de amigos de superiores”, disse o presidente.
O apelo foi extensivo àqueles que têm na floresta o meio de sustento tais como os madeireiros, os carvoeiros e os médicos tradicionais que devem também desenvolver a prática de reposição das espécies que necessitam para a sua actividade social e económica. “O desenvolvimento sustentável passa necessariamente pela promoção da consciência ambiental entre todos nós, no campo e na cidade, através das acções de educação ambiental”, frisou Guebuza.
O acto de lançamento da campanha foi ainda marcado pelo plantio de mudas de árvores de várias espécies pelo presidente, acompanhado pela esposa, a apresentação de um tema musical de mensagem educativa sobre o ambiente envolvendo os artistas moçambicanos, Ali Faque, Dimas, Júlia Mwito e os Djaakas.