Nem o Governo, através da Direcção Nacional de Águas (DNA) e do FIPAG, nem os operadores privados, estão a conseguir fornecer água regularmente a milhares de famílias que, desde esta quinta-feira (11), ficaram sem este precioso líquido em consequência do diferendo que opõe o Executivo e a Associação dos Fornecedores de Água de Moçambique (AFORAMO).
Na Zona Verde, no município da Matola, os residentes descrevem a situação como um desespero, uma vez que nos reservatórios não têm água para os seus afazeres domésticos, desde a madrugada desta quinta-feira.
Há zonas onde a interrupção de abastecimento deste precioso líquido acontece há quatro dias. É o caso de Nkobe e Liberdade, as torneiras não pingam uma gota sequer o que significa que quem foi apanhado desprevenidos está a sofrer para ter água, sobretudo porque os “serviços mínimos” prometidos pela AFORAMO os camiões-cisternas da DNA não existem naqueles e noutros bairros.
Na Zona Verde, por exemplo, só esta sexta-feira (12) a DNA mandou um camião-cisterna mas não responde à demanda. Os cidadãos aglomeraram-se no Campo São Tutas e apenas um bidão foi permitido por pessoa. Aliás, os beneficiários queixam-se de terem sido abastecidos com água turva.
Nos bairros de Magoanine, Mahotas, Malhazine e George Dimitrov (Vulante 6), também, as torneiras não jorram água. “No bairro de Infulene até hoje (sexta-feira) ainda vimos nenhum camião de abastecimento água”.
“No bairro de Khongolote, no município da Matola, o que me espanta é que não existe sequer um tubo do FIPAG ou de um outro fornecedor do Governo”, reportaram ao @Verdade os cidadãos afectados pela crise.
Nos bairros de Guava e Mumemo (em Marracuene) e Bobole a população não é abastecida pelo precioso líquido desde esta quinta-feira e nenhum camião-cisterna foi visto por ali, nem os serviços mínimos propalados pela AFORAMO.
No bairro de Nkobe, os moradores queixam-se da falta de água há três dias. No Intaka igualmente não há nada. No bairro de São Damanso as famílias dizem que estão a sofrer porque “os furos dos senhores Anacleto e Chirindza desde ontem não libertam água”.
Na província de Gaza há igualmente relatos de falta de água nos bairros 05 Inhamissa, 01, 03, 25 de Junho, Mudada, Samora Machel, Chimundo, pois os “privados” pararam de fornecer este precioso líquido. Nos camiões cisternas locais um bidão de 20 litros custa cinco meticais.