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Renamo acusa policia moçambicana de reter viatura para privar de alimentos o seu lider

A Resistência Nacional Moçambicana acusou esta terça-feira (9) a polícia de “reter a viatura” que transporta mantimentos da vila de Gorongosa para o quartel-general de Sadjundjira, na província central de Sofala, para “privar de alimentos” o seu líder, Afonso Dhlakama.

“A viatura que faz compras na vila de Gorongosa para o presidente (Afonso) Dhlakama está retida, privando o presidente de se alimentar. Este é um sinal de que está prestes a acontecer o ataque a Sadjundjira”, disse à agência de informação portuguesa(Lusa) Fernando Mazanga, porta-voz do partido.

O líder da Renamo alertou na semana passada em conferência de imprensa para “o risco do retorno à guerra”, caso se efetive o ataque à sua base militar em Sadjundjira, denunciando o que considerou um esquema sobre um suposto assalto, que estaria a ser engendrado pelo exército e pela polícia. Para Afonso Dhlakama, o envio e a presença “massiva” da Força de Intervenção Rápida (FIR) e do exército governamental, que cercam o perímetro da serra da Gorongosa, antiga base militar do movimento, “acusa um esquema para assalto à base militar”.

À saída da vila de Gorongosa para Sadjundjira, a FIR montou dois postos de controlo, onde são “vasculhadas e contabilizadas” viaturas e pessoas que transitam para a área onde reside atualmente o líder da Renamo, maior partido da oposição do país. Nestes postos, também já foi retido, por três horas, em abril passado, o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo.

Em declarações à Lusa, Alexandre Mugela, comandante distrital da polícia de Gorongosa, não confirmou a retenção da viatura da Renamo. “Não tenho conhecimento e estou fora da vila”, disse Alexandre Mugela à Lusa, por telefone. Entretanto, Paulo Majacunene, administrador da Gorongosa, assegurou que a circulação rodoviária na via que liga Sadjundjira à Gorongosa está aberta e sem motivos para condicionamento de viaturas. “Os transportes, incluindo de passageiros, estão a circular normalmente até Vunduzi, então não vejo que tenha acontecido isso (retenção da viatura da Renamo), além de que não tenho conhecimento”, disse Paulo Majacunene, tendo remetido mais informações para a polícia.

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