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BVM envolvida na privatização de empresas públicas

A Bolsa de Valores de Moçambique (BVM) está a capacitar-se para passar a ter uma palavra determinante no processo de privatização de empresas públicas que estão sob alçada do Instituto de Gestão das Participações do Estado (IGEPE).

Para o efeito e segundo o Governo, a BVM está a ser orientada no sentido de aprofundar a sua relação institucional com o IGEPE de forma a concretizar os processos de alienação das empresas participadas pelo Estado e a passar a encorajar os grandes projectos a dispersar partes do seu capital através da Bolsa de Valores de Moçambique no âmbito das Parcerias Público-Privadas (PPPs).

O Governo propõe-se ainda no seu documento contendo a Estratégia de Desenvolvimento do Sector Financeiro 2013-2022 recentemente aprovado dar continuidade à modernização da infra-estrutura tecnológica da BVM, de forma a responder às exigências e tendências dos mercados de capitais internacionais e a avaliar a oportunidade de abertura de outras bolsas de valor.

Mercado de Capitais

O reforço da capacidade institucional das entidades intervenientes no Mercado de Capitais, a concepção de um Programa Nacional de Literacia Financeira orientada para o Mercado de Capitais e a promoção da constituição de Operadores de Bolsa Independentes ou Corretores são outras acções em desenvolvimento estabelecidas pelo Governo como metas a atingir até 2022.

As outras acções referem- se ao encorajamento para o surgimento de corretores independentes, dinamização dos mercados primário e secundário da dívida pública e incentivo do sector empresarial a aderir ao Mercado de Capitais como fonte alternativa de financiamento, para além do encorajamento para a criação de Agências de Notação Financeira (Rating).

Constrangimentos

Como constrangimentos enfrentados pelo Mercado de Capitais, o documento em referência destaca, do lado da oferta, o reduzido conhecimento das vantagens que as empresas podem obter ao recorrer ao mercado de capitais, o que de certa forma reduz as possibilidades de oferta de títulos ao mercado e a resistência de abertura de capital por parte da maioria das empresas de cariz familiar pelo receio de perda de controlo das sociedades.

Do lado da procura, nota-se a ausência no mercado de sociedades financeiras de corretagem e/ou sociedades corretoras destinadas à atracção de poupanças para o mercado e fraca cultura de mercado por parte dos investidores particulares e institucionais.

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