A Livaningo, uma Organização Não-Governamental moçambicana que defende o meio ambiente, diz que está preocupada com os baixos indicadores de abastecimento de água e com o deficiente saneamento do meio em quase todas regiões do país. Neste momento, estima-se que apenas quatro em cada 10 moçambicanos têm acesso à água potável e somente um, num universo de 10, beneficia de saneamento do meio adequado.
Esses decorrem do fraco raio de cobertura das fontes de água potável e da fraca capacidade de preservação do ambiente, disse, esta quarta-feira (26), em Maputo, o director-adjunto da Livaningo, António Reina, para quem o Governo deve desenhar políticas, estratégias e programas adequadas à realidade do país.
Não basta ter instrumentos bem delineados, é preciso sair de discursos para a implementação, o que poderia contribuir para a redução de várias doenças que enfermam os moçambicanos, tais como a cólera, a malária, dentre outras. A diminuição do impacto dessas enfermidades pode reduzir os encargos do Estado, explicou o interlocutor.
Reina sugeriu que uma das formas de ultrapassar o fraco raio de cobertura de água e o deficiente saneamento do meio ambiente é a revisão da alocação do orçamento aos sectores responsáveis por garantir esses serviços.