O Presidente da República, Armando Guebuza, acredita que, apesar da incitação à violência protagonizada pela Renamo, o maior partido da oposição em Moçambique, o país continuará a viver em paz, porque o moçambicano de gema rejeita o retorno à guerra.
Guebuza, que falava sábado em conferência de imprensa que marcou o término da sua visita à província do Niassa, no quadro da Presidência Aberta e Inclusiva, reiterou que o governo ama o seu povo, por isso continuará a privilegiar o diálogo até que se alcance o desejado entendimento.
“Qualquer moçambicano de gema – somos mais de 20 milhões – não vai querer que haja incitação à violência”, disse Guebuza. O Estadista moçambicano explicou que se no passado pode ter havido uma distracção, que gerou o conflito armado de 16 anos, a situação de incitação de violência recente arrancou a vida a cidadãos inocentes e inspira o medo e instabilidade nas pessoas que querem viver mais tranquilas.
“Acredito que, apesar das provocações perigosas da Renamo, Moçambique continuará a viver em paz e o governo vai continuar a participar no diálogo com a Renamo. Mesmo na segunda-feira, está previsto um diálogo e o governo vai sempre, de boa vontade, procurando resolver os problemas que o país enfrenta”.
Guebuza recordou aos jornalistas que o acompanharam na sua presidência aberta que, em todos os locais por onde escalou, a população repudia todo o tipo de acções capaz de conduzir ao retorno à guerra, e isso é um indicador de que “os moçambicanos não querem a guerra”.
Por outro lado, disse ser inaceitável que a Renamo continue a provocar o povo, mas insiste que o diálogo continuará a ser caminho trilhado pelo governo. Fazendo um balanço da sua visita ao Niassa, Guebuza afirmou que a província registou uma evolução considerável na produção global e colecta de receitas.
Por isso, disse o Presidente da República“ Niassa de hoje é claramente melhor que a do ano passado”. Também reconhece que ainda persistem muitos desafios, particularmente na gestão da Reserva do Niassa, onde se registam situações de mau relacionamento entre os gestores e as comunidades e até mesmo casos de falta de respeito para com as populações.
Contudo, Guebuza acredita que as autoridades provinciais saberão ultrapassar este tipo de irregularidades. O Chefe de Estado moçambicano termina a sua visita ao Niassa depois de escalar, sucessivamente, a cidade de Lichinga e os distritos de Mecanhelas, Marrupoa, Mecula e Lago.
Antes de iniciar a Presidência Aberta, Guebuza orientou, dia 17 de Junho corrente, as comemorações dos 40 anos da morte do Herói Nacional, Francisco Magumbwa, acto que teve lugar no povoado de Bâbelo, localidade de Messumba, que dista cerca de nove quilómetros da vila sede do distrito do Lago, Metangula.