No Hospital Central de Nampula (HCN), o atendimento médico no Banco de Socorro, na Medicina e na Pediatria continuam a ser assegurado pelos estudantes do Instituto de Ciências de Saúde e da Universidade Lúrio (Unilúrio), constatou a nossa Reportagem no 22º dia da greve dos Profissionais de Saúde moçambicanos.
Nesta segunda-feira (10) a Governadora da província de Nampula, Cidália Chaúque, visitou durante quatro horas a maior Unidade Sanitário no norte de Moçambique e no final afirmou que dos 80 médicos que estão ali afectos apenas 20 aderiram à greve.
Cidália Chaúque, que visitou os serviços de Maternidade, Enfermaria, Genecologia, Pediatria e o Banco de Socorros, afirmou ainda que o HCN está a funcionar normalmente ignorando que o atendimento está a ser assegurado por jovens estudantes sem formação médica completa e em vários casos sem a supervisão de um médico.
Entretanto, alguns pacientes internados naquela unidade sanitária queixaram-se à governadora da insuficiência de medicamentos que nos últimos dias se verifica no HCN. Relativamente a esse problema, a explicação dada aos enfermos foi de que a falta de fármacos deve-se à má gestão por parte dos dirigentes do hospital.
Refira-se que de acordo com o Estatuto da Ordem dos Médicos, aprovado por Lei da Assembleia da República de Moçambique, é crime previsto no Código Penal em vigor o exercício ilegal da Medicina, como está a ser exercido pelos estudantes nas várias Unidades Sanitárias para colmatar as ausências dos Profissionais de Saúde em greve.