Um homem-bomba atacou uma milícia apoiada pelo governo iraquiano nesta segunda-feira, matando pelo menos 19 pessoas, em uma aparente tentativa de insurgentes sunitas em atiçar a turbulência contra o primeiro-ministro iraquiano Nuri al-Maliki, um xiita.
A polícia disse que o homem-bomba infiltrou-se numa reunião dos combatentes tribais do Sahwa e detonou os explosivos enquanto eles estavam se reunindo para receber seus salários em Taji, uma cidade 20 quilómetros ao norte da capital.
O sétimo atentado suicida num mês faz parte de uma onda de violência um ano após as tropas dos EUA saírem do país membro da OPEP, onde xiitas, sunitas e facções étnicas curdas ainda lutam pela divisão do poder. “Recebemos um telefonema de que tinha ocorrido uma grande explosão na sede do Sahwa, em Taji.
Os sahwas estavam lá para recolher o seu salário”, disse o comissário de polícia local Furat Faleh. “Quando corremos para a sala… as pessoas estavam deitadas sangrando por todo lado e dinheiro estava espalhado em poças de sangue”.
Os sahwa, ou “filhos do Iraque”, são ex-insurgentes sunitas que se rebelaram contra a A -Qaeda na província sunita de Anbar no auge da guerra liderada pelos EUA e ajudaram as tropas norte-americanas a virar a maré do conflito.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ataque desta segunda-feira, mas o Estado Islâmico do Iraque, afiliada local da Al Qaeda, prometeu recuperar o terreno perdido para os norte-americanos e as forças dos EUA, e pediu que os sunitas iraquianos se levantassem contra o governo de Maliki.
Um homem-bomba e homens armados mataram pelo menos 33 pessoas em uma grande explosão na sede da polícia da disputada cidade petrolífera de Kirkuk, no domingo.