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Irão planeia acelerar enriquecimento de urânio

O Irão informou à agência nuclear da ONU que irá instalar mais centrífugas para o enriquecimento de urânio, o que deve complicar ainda mais os esforços diplomáticos para resolver o impasse em torno do programa atómico iraniano.

Em carta à Agência Internacional de Energia Nuclear (AIEA, um órgão da ONU), Teerão disse que irá usar as novas centrífugas na sua usina de Natanz, segundo o comunicado da AIEA aos Estados membros, ao qual a Reuters teve acesso.

Isso permitiria que o Irão refinasse material nuclear num ritmo muito mais acelerado do que o actual, aumentando os temores de Israel e de governos ocidentais sobre o possível uso desse material para o desenvolvimento de armas atómicas.

Teerão insiste no carácter pacífico das suas actividades. Não ficou claro quantas novas centrífugas o Irão pretende instalar em Natanz, onde cabem dezenas de milhares de máquinas.

Os analistas dizem que as sanções dos últimos anos ao Irão limitam o acesso do país às peças necessárias para a produção em grande número das sofisticadas centrífugas. O urânio enriquecido pode ser usado para alimentar reactores nucleares, como o Irão diz ser o seu objectivo.

Mas, dependendo do seu grau de pureza, o material também pode servir como matéria-prima para armas nucleares. O anúncio feito pelo Irão à AIEA coincide com uma polémica entre Teerão e seis potências nucleares a respeito de quando e onde realizar uma nova rodada de negociações visando um acordo que evite uma nova guerra no Oriente Médio.

As potências – EUA, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia e China – querem que o Irão restrinja o seu programa de enriquecimento. Ao longo do último ano, Washington e os seus aliados endureceram sensivelmente as sanções contra a República Islâmica, sufocando o seu importante sector petrolífero.

Na carta à AIEA, datada de 23 de Janeiro, o Irão disse que vai usar o seu novo modelo de centrífugas numa unidade de Natanz onde o urânio está a ser refinado até a concentração físsil de 5 por cento.

Na carta-resposta no dia 29, a AIEA pediu ao Irão que forneça detalhes técnicos e outras informações sobre o plano.

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