O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, disse, Quarta-feira (23), que não pode haver uma resolução pacífica para o conflito na Síria enquanto os opositores ao presidente Bashar al-Assad exigirem a sua saída do poder e recusarem-se a negociar com o seu governo.
Os comentários de Lavrov durante uma colnferência de imprensa anual não mostraram nenhuma mudança na posição da Rússia, que diz que a saída de Assad não pode ser uma pré-condição para um acordo para encerrar os 22 meses de violência em que mais de 60.000 pessoas foram mortas.
“Tudo vai de encontro com a obsessão dos membros da oposição com a ideia de depor o regime de Assad. Enquanto esta posição irreconciliável continuar em vigor, nada bom acontecerá, a acção armada continuará, as pessoas irão morrer”, disse Lavrov.
A Rússia tem sido o protector mais poderoso de Assad durante o conflito violento que começou como uma repressão a manifestantes, mas escalou para uma guerra civil.
O país vetou três resoluções do Conselho de Segurança da ONU com o objectivo de forçar a saída de Assad ou de pressionar para que acabasse com o derramamento de sangue.
A Rússia retirou 77 dos seus cidadãos que tentavam fugir da violência síria em direcção a Moscovo pelo Líbano, Quarta-feira, mas Lavrov disse que a situação na Síria não exige uma retirada em massa de cidadãos russos.