O novo primeiro-ministro israelita de direita Benjamin Netanyahu afirmou nesta terça-feira que está disposto a negociar a paz com os palestinos, ao apresentar seu governo para posse no parlamento.
“Eu digo aos dirigentes da Autoridade Palestina: se vocês quiserem a paz, será possível chegar à paz. O governo sob minha direção agirá para conseguir a paz sob três pilares: economia, segurança e política”, declarou.
“Realizaremos negociações de paz permanentes com a Autoridade Palestina para conseguir um acordo final. Não queremos governo outro povo; não queremos controlar o destino dos palestinos”, acrescentou.
Netanyahu declarou que, dentro de um “acordo definitivo”, os palestinos “disporão de todos os direitos para se governar a si mesmos, salvo os suscetíveis de constituir um perigo para a segurança e a existência do Estado de Israel”.
O primeiro ministro designado não falou de um Estado palestino independente.
Netanyahu completou nesta terça-feira a formação do governo depois das últimas negociações para unir à coalizão de governo o Partido do Judaísmo Unificado da Torá (ortodoxo asquenaze, cinco diputados).
A coligacão conta com o Likud, principal partido da direita israelense comandado por Netanyahu (27 deputados); Israel Beitenu (direita nacionalista, 15); o Partido Trabalhista (13), o Shass (ortodoxos sefardins, 11) e o Lar Judeu (ligado aos colonos, três cadeiras).
Ao mesmo tempo, Netanyahu tenta convencer Sylvan Shalon, dirigente do Likud, a aceitar o cargo de ministro do Desenvolvimento Regional e ser ainda vice-primeiro ministro.
Shalom, que já foi chanceler, rejeitou a oferta em um primeiro momento, o que provocou tensão no partido.
O gabinete de coligacão que Netanyahu tenta concluir será o mais amplo na história de Israel, com quase 30 ministros e sete vice-ministros.