O principal partido ganês de oposição disse na terça-feira que irá contestar judicialmente o resultado da eleição presidencial da semana passada, vencida pelo atual presidente, John Dramani Mahama, com 50,7 por cento dos votos.
Nana Akufo-Addo, candidato do Novo Partido Patriótico, foi derrotado na votação de 7 de dezembro, amplamente vista como um teste para a democracia em uma das nações mais estáveis da África.
“Estamos contestando os resultados, estamos indo à Justiça”, disse Nana Asante Bediatuo, consultor jurídico do partido, à Reuters. “Acreditamos ter suficientes indícios de malfeitos durante a votação, e estamos protocolando assim que possível depois de reunir “, disse Bediatuo.
A ONU, os EUA e a União Africana divulgaram nota congratulando Mahama por sua vitória e louvando a conduta da eleição, que observadores disseram ter sido livre e limpa, apesar de alguns problemas logísticos.
Milhares de apoiadores do NPP foram na terça-feira às ruas de Acra, a capital, protestar contra os resultados. Autoridades disseram que a manifestação foi pacífica. Mahama disse não estar preocupado pela contestação judicial e disse estar confiante na ponderação das forças políticas rivais.
“A democracia de Gana é sólida, e há instituições constitucionais para lidar com situações assim”, disse ele à Reuters na residência presidencial.
Gana, país produtor de ouro, petróleo e cacau, mantém um regime democrático há três décadas, o que é uma exceção na África Ocidental. Em 2008, o país esteve à beira do caos após uma eleição em que Akufo-Addo foi derrotado por menos de 1 ponto percentual.